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"Após: Relatos de Vivências da pós-graduação"


Olá, classe trabalhadora!

Para a quarta entrevista, conversamos com Vaneska Meyer, doutoranda do programa de pós-graduação do curso de Psicologia da UFC (Universidade Federal do Ceará). Além disso, a entrevistada possui especialização em Gestão de Pessoas e Psicodrama, isto é, é psicodramatista. Atua tanto na clínica quanto na academia (é professora do curso de Psicologia na Universidade Estadual do Ceará). 

Nessa perspectiva, Vaneska pontuou que sua pesquisa de mestrado foi a respeito do trabalho das donas de casa. Assim, afirma que não é um trabalho que é dado a devida atenção no que tange a valorização. Além disso, destaca que não é visto pelo mercado, pois não apresenta uma troca monetária. Ele possui um objetivo amoroso, por assim dizer. Ademais, para a pesquisa de doutorado, Vaneska está estudando como a pandemia afetou o trabalho reprodutivo dos homens. 

Sob esta ótica, a professora deixa claro ao decorrer da entrevista o motivo pelo qual escolheu este tema para o mestrado e doutorado, isto é, o trabalho de reprodução e manutenção da vida. Nesse sentido, elabora que foi justamente a partir da sua experiência própria como mulher trabalhadora do lar que percebeu inúmeras diferenças entre homens e mulheres que desempenham este trabalho. Portanto, ao pensar esse cenário, Vaneska indagou-se sobre estas formas de trabalho, por exemplo, “De que forma a gente transforma a realidade para que os fenômenos do trabalho possam recair de maneira mais ou menos igualitária entre homens e mulheres?” Assim, Vaneska reitera que foram estas inquietações que a fizeram pesquisar a respectiva temática. 

Além disso, Vaneska conta a respeito dos pontos positivos e negativos em relação a sua pesquisa. Para ela, aproximar-se do próprio objeto de estudo, por ser uma mulher que realiza um trabalho doméstico reprodutivo e perceber, dentro de sua pesquisa, sua própria realidade, é um ponto positivo. Entretanto, é necessário, em certa medida, distanciar-se desse olhar mais pessoal, para assim, obter um olhar mais impessoal, no sentido de abstrair-se de cena.

Ademais, ela relata que se houvesse a possibilidade de retroceder sua trajetória: teria feito o mestrado/doutorado antes de engravidar, pois possui duas filhas pequenas - e, pontua: “é um desafio.” Ela afirma que o mundo do trabalho perpassa por inteiro sua pesquisa, tendo em vista que esta é a respeito do trabalho reprodutivo. 

Por fim, Vaneska deixa uma linda dica para futuros mestrandos e doutorandos: apaixone-se pelo seu tema. Ela acredita ser a melhor maneira de ter um trabalho bem sucedido, pois, assim, será possível enfrentar inúmeras dificuldades que, eventualmente, aparecerão. 

 

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