“A felicidade de trabalhar das oito da manhã às três da tarde”.
(Final da jornada de trabalho na sede da empresa em Madri.)
"Terça-feira. São 15h no relógio. Milhares de
pessoas começam a sair de um edifício em um bairro no subúrbio de Madri. Parece o
intervalo para o almoço; na verdade, é a saída do trabalho. Não é um feriado ou
o horário especial de Natal. Neste escritório é o cotidiano. Acontece todos os
dias desde 2008. Naquele ano, a empresa espanhola Iberdrola concordou com seus funcionários, cerca de 9.000 trabalhadores, em universalizar
a jornada intensiva: trabalhar de 7h15 até 14h50 com 45 minutos de
flexibilidade à hora de entrar ou sair todos os dias do ano”.
“Seis anos depois,
Castresana, que esteve no comando dessa mudança, defende a decisão com números:
“Melhoramos a produtividade e ganhamos mais de meio milhão de horas por ano.
Reduzimos as faltas em 20% e os acidentes de trabalho em 15%”.
“Na parte da manhã, você
chega com outra mentalidade”, diz Teresa Roch, 31, que trabalha no departamento
de recursos humanos. Depois de algum tempo trabalhando na Escócia, entrou na
Iberdrola em julho de 2013”.
“Quando você faz um horário por 30 anos, é
difícil”, disse Castresana. 'É uma grande mudança na cultura de trabalho'. “Posso não fazer a jornada
intensiva?”, chegou a pedir um funcionário. Pilates, natação, inglês... Logo
depois de se concentrar no trabalho, nos corredores começaram a falar das
atividades extra-trabalho. “Não sei se alguém chegou a se inscrever em alguma
delas”, brinca Montes. Em pouco tempo, ninguém queria nem ouvir falar de passar
a tarde em frente ao computador".
“Os funcionários
tornaram-se conscientes de que precisam aproveitar bem o tempo para fazer seu
trabalho e ir embora na hora certa”, acrescenta. “Evitam interrupções e se
concentram no esforço. O resultado: maior produtividade”.
"A nossa vida está marcada pelo tempo. Além
das horas de trabalho, que articulam o dia, somos marcados pelo ritmo da vida,
a maneira como organizamos nosso tempo livre (horário pessoal), assim como o
cronograma da sociedade: aquelas horas que se pode comprar, ir ao cinema ou jantar
em um restaurante. “Na Espanha, com mais horas de luz e a possibilidade de
realizar atividades quase a qualquer hora, as pessoas não têm tanta pressa para
ir para casa”, diz Castresana”.
“Uma má gestão dos
horários de trabalho e a falta de medidas de flexibilidade podem acarretar um
impacto negativo significativo sobre as empresas.”
Fonte: Jornal El País.
Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2014/12/26/internacional/1419616033_794119.html?id_externo_rsoc=TW_BR_CM&%3Fid_externo_rsoc=FB_BR_CM
Para
refletir: A notícia acima
relata a experiência bem sucedida da empresa espanhola Iberdrola ao propor a redução da jornada de trabalho dos seus
funcionários. A empresa passou a adotar o horário de 7h15 até 14h50 com 45
minutos de flexibilidade à hora de entrar ou sair todos os dias do ano. De
acordo com Ramón Castresana, diretor de Recursos Humanos da empresa, os ganhos propiciados
pela medida foram: aumento da produtividade, redução do absenteísmo e dos
acidentes de trabalho, fato corroborado com a opinião de alguns funcionários. Segundo
a notícia, é importante também ressaltar que a nossa vida está marcada pelo
tempo. Além das horas de trabalho, que articulam o dia, somos marcados pelo
ritmo da vida, a maneira como organizamos nosso tempo livre (horário pessoal),
assim como o cronograma da sociedade: aquelas horas que se pode comprar, ir ao
cinema ou jantar em um restaurante. Nas sociedades capitalistas atuais cada vez
é diminuída a fronteira entre tempo de trabalho e tempo livre, pois o trabalho tem
invadido mais o tempo livre dos trabalhadores por meio da disseminação
de tecnologias como celulares e tablets e computadores portáteis. Por
isso, vale frisar que a redução da carga horária de trabalho e a separação
entre trabalho e vida pessoal são fatores importantes para a promoção da saúde
e da qualidade de vida dos trabalhadores.
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