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“E se no futuro o trabalho, tal como o entendemos, não fizer parte de nossa vida? ”.



Ter um trabalho nos proporciona estabilidade, ao mesmo tempo que nos rouba liberdade na hora de administrar nosso tempo. Essa contradição abre o debate sobre se trabalhar é uma fonte de felicidade ou infelicidade. A instabilidade econômica e a chamada quarta revolução industrial, que substituirá o esforço humano por máquinas, pode nos obrigar a repensar nosso eu profissional”.



A felicidade foi devorada pelo capitalismo, proclama em seus escritos, nos quais defende que nos fizeram entender a qualidade de vida como um acúmulo de posses materiais que obtemos a partir do trabalho. Por isso, em suas intervenções públicas ela expõe a possibilidade de ser feliz com novas formas de emprego ou a ausência dele”.



“As novas gerações são as que estão menos de acordo com uma existência laboral feita de horários impossíveis e salários miseráveis. O capitalismo nos vendeu que o contrário do trabalho é a vadiagem; mas os mais jovens já não compram essa ideia. Tampouco acreditam que devamos nos sentir felizes porque nossas longas jornadas de trabalho nos tornam mais produtivos”, diz Power a Verne”.



“Em uma sociedade cada vez mais secular, essa suposta simbiose entre trabalho e felicidade que nos foi vendida, de conotações quase místicas, já não faz sentido – e menos ainda para o setor feminino da população, afirma a autora do ensaio One Dimensional Woman (a mulher unidimensional) ”.



“A incorporação da mulher ao mundo do trabalho é um fenômeno histórico recente. Com ele, a mulher tentava livrar-se da armadilha social que com frequência seu próprio lar se tornava ou até do abuso doméstico. Nestes tempos ficou demonstrado que não foi uma emancipação real e que, em muitos casos, essa desejada liberdade se transformou em uma dupla carga”.

Para refletir: Frente aos processos de instabilidade econômica e de substituição do homem pela máquina, a filósofa e feminista Nina Power discute a repercussão desse contexto na relação entre trabalho e felicidade. Conforme aponta a autora, se pensarmos na inserção da mulher no mercado de trabalho, que já se insere de forma precarizada- com salários inferiores ao dos homens, trabalhos part-time e flexíveis; a relação entre trabalho e felicidade não faz sentido para esse grupo. Assim, é necessário pensarmos que a felicidade não existe no trabalho em si, ele está interligada a muitos fatores da vida do sujeito, como sua vida familiar, pessoal, qualidade de vida no trabalho, condições e contextos de trabalho.


Fonte: El País.


E vocês, o que acham? Leiam a matéria completa em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/10/ciencia/1499677431_375547.html
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