"Número de trabalhadores com carteira é o menor da história"
"Em fevereiro, houve recuo de 1,8%, para 33,1 milhões de pessoas, menor grupo desde 2012"
"RIO - O número de trabalhadores com carteira assinada encolheu 1,8% em fevereiro, na comparação com igual mês do ano passado, para 33,1 milhões de pessoas — o menor contingente da série histórica da Pnad Contínua Mensal, iniciada em 2012. A queda representa uma redução de 611 mil pessoas no grupo dos empregados formais. Enquanto isso, a informalidade avançou, confirmando uma característica da retomada do mercado de trabalho de meados de 2017 para cá. Na comparação anual, o número de empregados sem carteira cresceu 5%, para 10,8 milhões de pessoas. Já o contingente de trabalhadores por conta própria cresceu 4,4%, para 23,1 milhões de pessoas".
"RIO - O número de trabalhadores com carteira assinada encolheu 1,8% em fevereiro, na comparação com igual mês do ano passado, para 33,1 milhões de pessoas — o menor contingente da série histórica da Pnad Contínua Mensal, iniciada em 2012. A queda representa uma redução de 611 mil pessoas no grupo dos empregados formais. Enquanto isso, a informalidade avançou, confirmando uma característica da retomada do mercado de trabalho de meados de 2017 para cá. Na comparação anual, o número de empregados sem carteira cresceu 5%, para 10,8 milhões de pessoas. Já o contingente de trabalhadores por conta própria cresceu 4,4%, para 23,1 milhões de pessoas".
"Segundo estimativa do IBGE, aproximadamente 40% dos brasileiros ocupados estavam na informalidade, seja trabalhando sem carteira, por conta própria, ou na categoria de trabalhador auxiliar. Para o coordenador de trabalho e rendimento do instituto, Cimar Azeredo, essa característica do mercado de trabalho relativiza a alta de 2% do número de trabalhadores na ativa, crescimento semelhante ao do patamar pré-crise".
"O número de empregados com carteira está 3,5 milhões abaixo do pico histórico, alcançado em agosto de 2014, quando o país chegou a ter 36,6 milhões de trabalhadores formais".
"— Estamos com o mesmo crescimento que se teve em 2014, só que naquele ano era de emprego com carteira — compara Cimar — O que se tem é um aumento de ocupação, muito voltada para a informalidade. É um processo de recuperação gradativo? É cedo para falar isso? São conclusões muito ligadas ao juízo de valor de cada um."
EM FEVEREIRO, TAXA DE DESEMPREGO FICOU EM 12,6%
"Em fevereiro, a taxa de desemprego ficou em 12,6%. O indicador recuou em relação ao registrado em fevereiro do ano passado (13,2%), mas subiu em relação a novembro (12%), último dado comparável, principalmente por causa das demissões de trabalhadores temporários de início de ano.
"O número veio em linha com o esperado pelo mercado financeiro, segundo sondagem da Bloomberg. Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, também destacou que a alta da taxa no início do ano é esperada".
"— Esse aumento já era esperado porque é sazonal. Existe um movimento de contratação de trabalhadores em dezembro, mas com a chegada de janeiro e fevereiro, essas pessoas são dispensadas. No fim do ano, tem uma movimentação maior no comércio. E esse processo se desfaz, normalmente, em janeiro e fevereiro. Estranho seria a taxa não subir. Para que ela não subisse, teria que haver um processo de melhora no cenário econômica de forma que o mercado retivesse essa mão de obra, o que não está acontecendo — afirma Cimar."
Fonte: O Globo.
Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/numero-de-trabalhadores-com-carteira-o-menor-da-serie-historica-22537779
Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/numero-de-trabalhadores-com-carteira-o-menor-da-serie-historica-22537779
Para refletir: a notícia acima demonstra o avanço da informalidade no mercado nacional, relatando uma diminuição de 611 mil trabalhadores de carteira assinada em relação ao ano anterior. Além disso, elenca os possíveis caminhos tomados por essa parcela da população (mais de 600 mil), citando o crescente número de empregados sem carteira assinada (+5%), trabalhadores autônomos (+4,4%), sazonalidade do mercado e os efeitos "pós" crise como motivos para essa retração. Em contrapartida, ficam algumas perguntas: será que falta emprego com carteira assinada e sobra em outras modalidades? Ou as pessoas, de fato, preferem seguir o mercado informal mesmo com toda sua imprevisibilidade?
Acesse, comente e compartilhe, sua opinião é importante!!
Acesse, comente e compartilhe, sua opinião é importante!!
0 comentários :
Postar um comentário