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“IBGE diz que 6,3% das pessoas faziam trabalho ‘invisível’

   (IBGE: 81,3% da população acima de 14 anos de idade tinham afazeres domésticos no domicílio ou na casa de parentes)

“No ano passado, 6,3% dos 166,7 milhões de brasileiros de 14 anos de idade ou mais – o equivalente a 10,5 milhões de pessoas – trabalhavam na produção para o próprio consumo, voltada para uso exclusivo dos moradores do domicílio ou de parentes que viviam em outra moradia. É o que mostra a pesquisa Outras Formas de Trabalho 2016, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística”.


“Esse é um trabalho meio invisível”, observou Alessandra, pesquisadora do IBGE. “As atividades não entram na conta das pessoas ocupadas que a gente divulga. São consideradas outras formas de trabalho a atividade na produção de bens; os cuidados de pessoas, afazeres domésticos e o trabalho voluntário”.


“Na produção de bens, os pesquisadores do IBGE constataram que essa atividade é maior entre os homens (6,9%) do que entre as mulheres (5,8%)”.


“Do total de 166,7 milhões de pessoas em idade de trabalhar em 2016, 26,9% cuidaram de moradores do domicílio ou de parentes não moradores, correspondendo a 44,9 milhões de pessoas”.


“A pesquisa do IBGE revela que no ano passado, 81,3% da população acima de 14 anos de idade tinham afazeres domésticos no domicílio ou na casa de parentes, equivalendo a 135,5 milhões de pessoas. Nesse conjunto de atividades, há predominância também de mulheres (89,8%) em relação aos homens (71,9%)”.


“A pesquisa mostra que 6,5 milhões de brasileiros, ou 3,9% da população de 14 anos ou mais de idade, realizam trabalho voluntário, que pode ser feito para uma organização ou uma pessoa, seja parente ou não, sem remuneração. A sondagem revela que o trabalho voluntário cresce com a idade, com maior taxa de realização entre as pessoas de 50 anos ou mais (4,6%); seguida do grupo de 25 a 49 anos (4,1%); e do grupo de 14 anos a 24 anos (2,5%). 


Fonte: Exame.


Disponível em: https://exame.abril.com.br/economia/ibge-diz-que-63-das-pessoas-faziam-trabalho-invisivel-em-2016/.
Para refletir: As novas configurações no mundo laboral fizeram surgir diferentes modalidades de trabalho. Dentre essas modalidades, o “trabalho invisível”, isto é, as outras formas de trabalho como: a atividade na produção de bens; os cuidados de pessoas, afazeres domésticos e o trabalho voluntário não eram considerados como trabalhos nas pesquisas à domicílio do IBGE. Assim a pesquisa “Outras Formas de Trabalho” divulgada pelo IBGE em 2016 traz dados importantes para refletirmos sobre esse tipo de trabalho. De um modo geral, percebe-se que esse trabalho é realizado a maior parte por mulheres, com exceção do trabalho de produção de bens. Como consequências disso, temos uma sobrecarga de trabalho e uma dupla jornada de trabalho para as mulheres, diferente dos homens. Além disso, pensando nas consequências psicossociais, o trabalho invisível pode levar um nível de estresse extremo, ansiedade e está relacionado a outros problemas de saúde mental relacionados ao trabalho. Desta forma, é fundamental reconhecer, reduzir e redistribuir o trabalho invisível, que não é assalariado e que é feito em casa. Por exemplo, o compartilhamento das obrigações domésticas entre homens e mulheres possibilitaria alteração na forma como as mulheres são vistas fora de casa e uma diminuição da sobrecarga de trabalho.

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