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"No futuro haverá trabalho, mas não necessariamente emprego".

“A vida de empregos temporários, freelancers e “bicos” não é um traço passageiro das economias, tampouco uma expressão particular de suas crises. As ocupações instáveis e flexíveis, segundo estudiosos, já formam o novo rosto do mercado de trabalho”.

“Standin professor da Universidade de Cambridge, afirma que a nova configuração do mundo construí um novo grupo social e econômico, o qual ele chama de precariado.Para Standing, o precariado está dividido em três grupos: a geração que saiu da classe trabalhadora típica do capitalismo industrial; etnias minoritárias e imigrantes que se sentem desligados da sociedade convencional; e, por último, jovens qualificados que não estão satisfeitos com o mercado de trabalho.

“A perda de direitos, não só trabalhistas, mas civis, culturais, sociais, econômicos e políticos é uma das características definidoras do precariado, segundo Standing”.

“Diferente do que acredita Standing, que vê o precariado como uma classe em formação, Braga defende que, na realidade, eles são parte da classe trabalhadora e vêm crescendo. Segundo o sociólogo, na realidade do país o que marca o surgimento desse novo tipo de trabalhador precário é a transição de uma economia industrializada para um modelo econômico apoiado no setor de serviços. Nesse novo contexto, as características dos trabalhadores são diferentes das encontradas na economia industrial. “É um tipo de emprego com características muito diferentes, mais feminizadas, subalternas, com uma flagrante dificuldade de organização sindical”.  

Para refletir: O processo de globalização e revolução tecnológica, vem repercutindo em novas configurações no mundo do trabalho, entre as quais, se destaca o surgimento do precariado. De acordo com Standing (2014), o trabalho desempenhado pelo precariado é, de sua natureza, frágil e instável, andando associado à casualização, à informalização, às agências de emprego, ao regime de tempo parcial, e ao falso autoemprego. Assim, com a flexibilidade do mercado de trabalho, emerge a idéia que no futuro haverá trabalho, mas não necessariamente emprego. Então, qual seria o sentido da população jovem se preocupar com especializações e formações de alto nível, se o precariado ganha a vida através de diferentes ocupações ao longo da vida?

Fonte: Estadão Jornal Digital.




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