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Demora para liberar maca em hospitais prejudica trabalho do Samu



O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de São Paulo tem sido prejudicado pela demora dos hospitais na liberação das macas utilizadas para o transporte dos pacientes. Quase todas as 142 equipes na capital paulista enfrentam o mesmo problema, informou o Bom Dia Brasil nesta segunda-feira (29).

Cada paciente socorrido pelo Samu é transportado por uma maca até o serviço de emergência dos hospitais. Segundo a Prefeitura, o hospital deveria receber o paciente e devolver a maca o mais rápido possível para que a equipe possa fazer novos atendimentos.

Enquanto ela não é devolvida, a equipe é obrigada a ficar esperando. “Você chega com o paciente e eles já alegam que não têm maca para colocá-lo. Então, a nossa maca tem que ficar presa no hospital até o médico resolver dar alta, liberar o paciente ou subir o paciente para o quarto”, disse um funcionário do Samu, que pediu para não ser identificado.

A equipe de reportagem flagrou cinco ambulâncias paradas no estacionamento do Hospital Municipal do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. Uma delas aguardou quatro horas no estacionamento do hospital.

Na mesma unidade de saúde, uma acompanhante afirmou que uma paciente permanecia na maca depois de dar entrada no centro médico. “Ela continua na maca, porque está super lotado. Acho que não tem leito”, declarou. Um funcionário disse que as macas chegam a ficar um dia inteiro retidas no hospital.

O Bom Dia Brasil também observou que uma ambulância precisou voltar à Santa Casa de São Paulo para pegar as macas retidas durante o atendimento dos pacientes.

O coordenador municipal das atenções às urgências e emergências, Marcelo Takano, admite que a falta de leito faz com que hospitais retenham as macas. “Existe o aguardar na maca enquanto se conclui uma investigação sobre o diagnóstico, um tratamento de urgência. Existe o ficar na maca em relação a um sintoma de uma carência assistencial que a gente diagnostica na rede, que é a carência de leitos de internação para urgência e emergência.”

A Santa Casa informou, por meio de nota, que é comum que pacientes transportados pelo Samu recebam o primeiro atendimento na maca até a liberação do leito. Já a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pelo Hospital do Campo Limpo, disse que orienta constantemente o seu serviço para que não haja retenção de macas do Samu além do tempo mínimo necessário para avaliar o paciente.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que tem parceria com estados e municípios e que financiou a abertura de mais de mil novos leitos no estado de São Paulo nos últimos anos.

Como visto em: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/07/demora-para-liberar-maca-em-hospitais-prejudica-trabalho-do-samu.html

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